7 de janeiro de 2018

Linfoma de Hodgkin: A Descoberta

7 de janeiro de 2018

Acho que vou começar pelo principio...

Agora em Janeiro faz 1 ano, que fui dormir com uma dor no pescoço e acordei com essa mesma dor.
De um torcicolo que pensava ter, vi que a zona estava inchada e consequentemente descobri um nodulo, um papo, um caroço, como lhe queiram chamar.
1001 coisas passam pela cabeça, mas as piores nunca são aceites, porque o pior a mim não me ia acontecer. Certo? Errado.

Sexta-feira, uma semana se passou e finalmente fui ao médico por  insistência da família.
Do médico trouxe alguns exames para fazer.
Sábado, exame ao sangue e ecografia. Tudo inconclusivo, teria de fazer um tac, urgente!
Fiz análises, fiz tac's, fiz endoscopia (o pior de todos), fiz a temida biopsia, e tudo, rigorosamente tudo, deu inconclusivo.

Seguiu-se a biopsia profunda, uma cirurgia, onde todo o nódulo é retirado e analisado.
Só aí, 15 dias depois, veio o diagnóstico. É Linfoma de Hodgkin.  (nunca tinha ouvido falar disso na minha vida.)

A forma que me foi dada a noticia, como o médico me explicou as coisas, como se as minhas células estivessem a dar uma festa de arromba cá dentro, pensei sinceramente, que fosse curar aquilo com uns comprimidos, a sério!
Depois falaram na palavra quimioterapia e aí sim, aí sim eu percebi que era cancro!

Ainda tudo me parecia surreal. Esta porra não estava a acontecer comigo.

A primeira vez que entrei no IPO do Porto, entrei com as pernas a tremer.
Já no consultório mediram-me a pulsação e perguntaram se estava nervosa, (risos) perguntaram-me se estava nervosa, (risos) mas não era óbvio?!

8 sessões de quimioterapia e 17 sessões de radioterapia, foi essa a minha sentença.
Mal sabia eu o que tinha à minha espera.

To be continued...


House Of Blondie © 2014